Hospital do Futuro

Oncologia e Hematologia/Robótica

A ampliação da cirurgia robótica na Oncologia

O uso dessa tecnologia em diferentes tipos de câncer tem agregado benefícios aos pacientes e aos cirurgiões

Por Fulano de Tal

Uma das vantagens mais propagadas da cirurgia robótica – a recuperação breve após o procedimento – traz repercussões ainda maiores na Oncologia. Ora, o paciente com câncer, principalmente em estágios avançados, costuma passar por muitas intervenções diferentes, e por ciclos prolongados de tratamento.

“Nesse sentido, a cirurgia robótica devolve o paciente a outros tratamentos rapidamente, o que interfere no sucesso do cuidado”, analisa Sergio Araújo, diretor da Rede Cirúrgica Einstein. Por razões como essa, o uso de robôs cresce especialmente na Oncologia – no Einstein, os tumores sólidos são a principal indicação para esse tipo de operação.

Mais do que aumentar em números, há uma tendência de diversificação das indicações. Antes, o câncer de próstata dominava o cenário da cirurgia robótica, até por contar com mais estudos. Agora, diferentes subespecialidades da Oncologia têm se beneficiado da prática.

O Einstein, por exemplo, já possui ampla experiência em tumores de:

  • próstata;
  • rim;
  • coração;
  • fígado;
  • estômago;
  • esôfago.
  • intestino;
  • pulmão;
  • pleura;
  • peritônio;
  • pâncreas;
  • útero;
  • colo de útero;
  • endométrio
  • ovário;
  • tireoide;
  • cabeça e pescoço, entre outros.

Fora dos Estados Unidos, a organização foi o primeiro centro de treinamento para cirurgias robóticas de cabeça e pescoço com uso do robô DaVinci. “O futuro da cirurgia oncológica passa pela robótica”, reitera Araújo. Dados de vida real já apontam que o método promove menor dor e inflamação dos órgãos e reduz o uso de anestésicos e o risco de infecções e certas intercorrências – conforme mais procedimentos são feitos, mais claros se tornam os benefícios

A cirurgia robótica, cada vez mais usada, muda a configuração do ambiente hospitalar

A crença no potencial da cirurgia robótica fez o Einstein instalar um robô nas dependências do Hospital Municipal Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, um hospital da prefeitura de São Paulo que a organização gerencia e que é considerado uma referência em Oncologia no setor público. Ou seja, os profissionais do Einstein estão ganhando experiência com essa tecnologia tanto na rede privada, quanto na pública – e, com isso, beneficiando mais brasileiros.

De um lado, há a perspectiva de que o desenvolvimento do setor favoreça a disseminação da robótica. Do outro, novos atributos vão se somando à cirurgia robótica. Atualmente, centros de excelência como o Einstein já conseguem injetar um corante no paciente e, por meio da emissão de luzes com espectros específicos, visualizar pequenos focos de câncer ou a vascularização dele no console do cirurgião. É o que se chama de cirurgia robótica oncológica em diferentes espectros de visão, e, no futuro, não haverá sequer a necessidade do uso do corante.

O uso da realidade aumentada também anima. Imagine a possibilidade de fundir a imagem de um exame – como uma tomografia – no próprio campo de visão do cirurgião (no monitor) para orientar a cirurgia. Atualmente, é até possível mesclar as imagens, porém fatores como a respiração do paciente, que está sempre alterando ligeiramente a posição dos órgãos em relação à câmera, impedem um uso amplo. Mas medidas para contornar esse tipo de limitação já estão em estudo – inclusive no Einstein, através de parcerias – e podem dar ainda mais tração para a cirurgia robótica.

Outra possibilidade é realizar endoscopias em paralelo à cirurgia robótica, o que facilitaria a localização precisa dos tumores – ambas as imagens apareceriam no monitor do cirurgião. Isso sem falar na própria endoscopia robótica, uma área que já dá seus primeiros passos e pode ter uma aplicação especialmente útil na Oncologia.

O Einstein participa, por meio de parcerias, congressos e afins, de diferentes discussões sobre esses temas, e já se prepara para os ajustes que seriam necessários de modo a incorporar mais esses avanços.

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