Hospital do Futuro

Oncologia e Hematologia/Medicina de Precisão

Para cada paciente, uma solução individualizada

O enfrentamento do câncer é uma das áreas que mais se beneficiou da Medicina de Precisão

Por Fulano de Tal

Os pilares da Medicina de Precisão são facilmente identificáveis na Oncologia e Hematologia, e podem contribuir significativamente para o sucesso da luta contra o câncer. “Através do diagnóstico molecular, temos a oportunidade de individualizar os tratamentos oncológicos e hematológicos, conferindo melhores desfechos”, aponta Fernando Moura, gerente médico de Medicina de Precisão do Einstein.

Predição genética

Atualmente, é disponibilizado um exame de sangue que avalia genes relacionados ao risco de câncer em indivíduos saudáveis. Esses testes de predição genética podem apoiar os médicos na recomendação de procedimentos que minimizam os riscos de desenvolvimento de câncer.

Por exemplo: é possível identificar mutações em genes relacionados ao câncer de mama que direcionam a recomendação de intervenções cirúrgicas. Um caso que se tornou de conhecimento público é o da atriz Angelina Jolie, que removeu as mamas após a realização de testes como esses.

Compreendendo esse cenário, o Einstein desenvolveu o exame genético Predicta, que mapeia genes ligados a pelo menos 15 tipos de câncer, e oferece um aconselhamento genético para que o paciente compreenda as reais implicações dos resultados encontrados.

Prevenção

Atualmente, existe recomendação para rastreio em somente cinco tipos de câncer: mama, colo de útero, intestinal, pulmão (em indivíduos tabagistas) e próstata. Para todos os outros, não há indicação formal para rastreio.

Em breve, teremos exames de sangue capazes de detectar fragmentos do DNA tumoral (que são distintos do das células normais). Assim, será possível identificar precocemente outros tipos de câncer, ainda em estágios iniciais. Essa técnica disponibilizada é conhecida como biópsia líquida em rastreio. Esse outro pilar da Medicina de Precisão logo transformará o rastreio oncológico, e já é analisada no Einstein.

Personalização

O entendimento do diagnóstico molecular possibilita personalizar o tratamento de pacientes com câncer de pulmão, por exemplo. No passado, quando apenas a quimioterapia era disponibilizada, a mediana de sobrevida global de um paciente com câncer de pulmão metastático era de apenas oito meses. Hoje, quando encontramos uma mutação EGFR clássica, temos a oportunidade de oferecer tratamento alvo molecular, conferindo cerca de 38 meses de mediana de sobrevida global, segundo Fernando Moura, gerente médico da Medicina de Precisão.

Hoje, são muitas as opções terapêuticas (de imunoterapia a tratamentos teranósticos , passando por terapias-alvo e Medicina Intervencionista), cada qual mais adequada às particularidades de um paciente. Para fazer a melhor escolha, portanto, hospitais na fronteira do conhecimento, como o Einstein, criam grupos multidisciplinares, com profissionais altamente qualificados, para debater casos, principalmente os mais complexos. São os tumor boards.

“Parece algo simples, mas organizar essa estrutura e esses momentos exige uma preparação do hospital como um todo”, reforça Nam Jin Kim, diretor médico de Oncologia do Einstein.

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